Discursou em português, agradeceu o facto da Academia Latina de Gravação se ter lembrado de um país pequenino como o nosso, reiterou que não está sozinho e que muitos outros músicos portugueses mereciam ser premiados, convidou os presentes a visitarem Portugal e acabou a cantar à capela o emblemático ‘Nasci p’ra Música’.
Foram breves mas cheios de significado os minutos de José Cid no palco do Waldorf Astoria, esta quarta-feira em Las Vegas, EUA, onde recebeu o Grammy Latino na categoria Lifetime Achievment, um prémio de reconhecimeto de carreira.
"Vou continuar a cantar as minhas canções de amor e ternura, mas também as minhas canções de ódio contra a segregação racial, o racismo, a energia nuclear e a poluição, sempre a favor deste Planeta e das pessoas que mais precisam", disse durante o discurso.
Antes, nos bastidores, na companhia da mulher Gabriela Carrascalão e do velho amigo Tozé Brito ("um irmão da música", como disse), o cantor de 77 anos já tinha privado com a cubana Omara Portuondo (89 anos) e com Joan Baez (78), as outras duas distinguidas com o mesmo prémio. Cid fez questão de as presentear com uns brincos de prata em filigrana.